quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sobre: Eike Batista

 


Olha só: eu acho ele um sujeito bacana. Meio esquisito, excepcional oportunista, mas bacana.

Esquisito porque a cabeleira ficou bem estranha, e algumas coisas que ele dizia no Twitter eram bem exóticas, do tipo "Boa noite Twitolândia". Agora ele tem uma equipe que trabalha no avatar dele, o que deu uma amenizada nos comentários um tanto quanto perdidos dele... rs.

Oportunista, e aí eu falo pelo lado positivo, porque ninguém surfou melhor a onda das aberturas de capital do que ele. Já pensaram que a única X que existe de fato, que gera receita operacional é a MMX, que ele já vendeu boa parte das ações? Que ficam sob a gestão operacional dele fica somente um restaurante chinês (Mr. Lam), um barco (Pink Fleet) e um estacionamento (que é de barco - a Marina da Glória - mas ainda assim um estacionamento).

   

O plano do cara é muito bom, pensem: primeiro ele obtém o direito de exploração de alguma área. Compra o terreno, digamos assim. Sabendo o que a terra vai oferecer pra ele (minério, petróleo, plataforma logística, etc) ele faz AQUELA APRESENTAÇÃO DE POWERPOINT (guardem a expressão) com as possibilidades de projetos e viaja o mundo atrás de investidores. É a primeira rodada de ganhos para ele, seus colaboradores e possíveis acionistas.

Depois ele vai e abre o capital da empresa para início da implementação do projeto. E aí rola a segunda rodada de ganhos para toda a equipe. O projeto começa a rolar mas até hoje percebe-se um movimento favorável a busca de um sócio que seja responsável pela operação do projeto, como a Anglo American na MMX ou possivelmente a SINOPEC na OGX ou a Hyundai na OSX pela participação que já possuem nestas empresas. A entrada deste operador configura-se na terceira rodada de ganhos para os acionistas, capitaneados por ele.

Bom o cara já ganhou grana na captação de recursos para a compra dos ativos, no IPO, na venda da operação... falta o quê? Na saída do negócio. Aparentemente não é o perfil do grupo sair dos negócios como um fundo de private equity, mas lembre-se que vivemos num mundo onde uma oferta realmente boa não pode ser desprezada. E se ela ocorrer...

Por fim, ele é um cara bacana porque não esconde o fato de ser um cara bem sucedido. No Brasil rola um melindre da galera "que se deu bem" de não mostrar como chegou e o que o sucesso foi capaz de lhe trazer. Não precisa de exageros como aparecer direto na Caras (ARGH!), mas não precisa ser um completo desconhecido, daqueles que se andar na rua ninguém o reconheça.

O Brasil, precisa de gente como o Eike, na minha opinião. Alguém que mostre que pode chegar lá se ralar e com boas idéias. Mesmo que ela ainda esteja num terreno escondido metros sob o mar.

OBS: Como boa parte do meu tempo labutário gasto com apresentações, meu sonho é fazer um curso com o Eike e equipe de APRESENTAÇÕES DE POWERPOINT, pq os caras são feras... hehehehe.

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